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Derrame pleural

O que é, como diagnosticar e como tratar. Entendendo o Espaço Pleural Os pulmões expandem-se e retraem-se durante a respiração com auxílio do espaço pleural. Este espaço virtual fica entre a pleura visceral e a parietal (finas membranas que recobrem a parede interna do tórax e o pulmão) e habitualmente contém uma fina camada de fluido que permite movimentos pulmonares suaves durante a respiração. A pleura visceral é aderida à superfície pulmonar e forma uma cobertura contínua que segue os contornos pulmonar. A pleura parietal reveste a superfície interna da cavidade torácica. Essa é mais espessa e mais vascularizada em comparação com a pleura visceral e contém fibras nervosas que promovem a percepção da dor. O que é Derrame Pleural? Derrame pleural é um acúmulo anormal de líquido no espaço pleural. Diversos processos patológicos podem levar ao acúmulo excessivo de líquido. Somente nos Estados Unidos, aproximadamente 1,5 milhão de pacientes são afetados anualmente. O derrame pleural é um marcador de aumento da morbidade e mortalidade em certas populações. O derrame pleural é diagnosticado por meio de uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e exames laboratoriais, incluindo a análise do líquido pleural. A toracocentese (punção) é tanto diagnóstica quanto terapêutica, em alguns casos, para pacientes com essa condição. O derrame pleural é classificado de duas formas, conforme a sua composição química: Transudato: é caracterizado por um líquido claro, transparente, flúido Exsudato: é um líquido rico em proteínas e habitualmente ocorre por elevação da permeabilidade pleural em situações que envolvem a pleura. O aspecto do líquido pleural pode variar de acordo com a causa de seu acúmulo, como por exemplo: líquido linfático (quilotórax), sangue (associado a traumas ou lesões malignas) e pus (devido infecções), conhecido como empiema pleural. Em resumo: Derrame pleural é conhecido como “Água no Pulmão”, mas esse líquido está preso ao redor do pulmão e não dentro dos pulmões. Causas do Derrame Pleural O derrame pleural pode ocorrer por vários mecanismos como: produção excessiva, absorção diminuída, aumento da pressão capilar pulmonar, aumento da permeabilidade capilar pulmonar, diminuição da pressão intrapleural, diminuição da pressão oncótica plasmática, obstrução da drenagem linfática pleural, ruptura dos vasos torácicos e os efeitos induzidos por medicamentos. Abaixo na tabela temos algumas causas: Causas de Derrame Pleural Transudato   Insuficiência Cardíada Congestiva   Embolia Pulmonar   Cirrose hepática   Diálise Peritoneal   Sindrome Nefrótica   Hipoalbuminemia Exsudato   Infecções bacterianas (pneumonia)   Tuberculose    Infecções virais (respiratórias, hepáticas e cardíacas)   Infecções fúngicas e parasitários   Câncer (primário de pulmão, mesotelioma e metástases – pulmão, mama, cólon e ovário)   Pancreatite   Peritonite   Afecções das vias biliares   Doença Inflamatória Intestinal   Abscessos intra-abdominais   Síndrome de Meigs   Condições Autoimunes   Trauma – sangramento (hemotórax)   Líquido linfático (quilotórax)   Amiloidose   Medicamentoso – hidralazina, procainamida, isoniazida, fenitoína, nitrofurantoína, amiodarona, Dasatinibe   Sintomas do Derrame Pleural Podem variar desde a ausência de sintomas até a falta de ar no repouso. Outros sintomas como tosse, febre e sinais sistêmicos, ocorrem em casos infecciosos. Em derrames volumosos podem gerar alterações hemodinâmicas. Nos casos inflamatórios há dor torácica à respiração ou à tosse. A dor pleurítica tende a diminuir com o desenvolvimento de um derrame. Pode estar associado a perda de peso ou fadiga em casos oncológicos Avaliação e Investigação Iniciamos a investigação com anamneses, exame físico e exames de imagem, a radiografia de tórax é um excelente estudo de imagem inicial para identificar derrame pleural. É possível identificar derrames pleurais que excedem 200 mL. A ultrassonografia é mais sensível e auxilia na confirmação de um derrame e no planejamento da toracocentese (punção). Tomografia computadorizada (TC) e oferece informações valiosas sobre as características do fluido, que podem auxiliar no diagnóstico. Procedimentos invasivos estão disponíveis para investigar derrames exsudativos que produzem resultados incertos em testes diagnósticos não invasivos, incluindo biópsias por agulha fechada e guiadas por imagem, toracoscopia ou cirurgia torácica videoassistida. Tratamentos do Derrame Pleural O tratamento é focado na identificação e no tratamento da causa que causou o derrame pleural. A drenagem torácica é indicado para pacientes sintomáticos. Nos pacientes assintomáticos, a toracocentese é realizada como parte do processo diagnóstico, a menos que haja sinais e sintomas de hemorragia ou infecção, nesses casos a indicação é de drenagem torácica. Optamos por drenos de pequeno calibre, pois são tão eficazes quanto drenos maiores e além da facilidade de colocação e ao menor desconforto do paciente. Em alguns casos, a indicação cirúrgica (decorticação toracoscópica) pode ser necessária quando outras medidas falham. Pacientes com diagnóstico de derrame maligno (câncer) algumas vezes podem necessitar de mais intervenções. Referências:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK448189/#:~:text=Causas%20comuns%20de%20derrame%20pleural,derrame%20pleural%20benigno%20por%20amianto.

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Câncer de Pulmão

O que é, como diagnosticar e como tratar. Câncer de Pulmão O câncer de pulmão pode ser silencioso nas fases iniciais, por isso informação e avaliação oportuna fazem muita diferença. Nesta página, explico de forma clara o que é, como investigar e quais são as opções de tratamento, sempre com uma abordagem humana e baseada em evidências. Se você ou alguém próximo recebeu esse diagnóstico — ou tem sinais de alerta — agende sua avaliação.  O que é O câncer de pulmão ocorre quando células do pulmão passam por mutação/modificação e começam a se multiplicar de forma descontrolada, podendo invadir estruturas próximas e, em alguns casos, se espalhar para outros órgãos (metástases).  Existem dois grandes grupos: carcinoma de não pequenas células (CNPC/NSCLC) e carcinoma de pequenas células (CPC/SCLC) — com comportamentos e tratamentos diferentes.     Fatores de risco O tabagismo é o principal fator de risco. Também aumentam o risco: tabagismo passivo, exposição a radônio e asbesto, e poluição atmosférica. Histórico familiar e algumas condições pulmonares crônicas podem contribuir.  Parar de fumar é a medida isolada mais efetiva para reduzir risco. Quem deve procurar avaliação Nem sempre há sintomas no início de um câncer. Quando os sintomas aparecem, os mais comuns incluem: Tosse persistente  Rouquidão Dor no peito Falta de ar Cansaço Perda de peso sem causa aparente Hemoptise (tosse com sangue).  Procure avaliação se os sintomas durarem mais que 2–3 semanas, especialmente em pessoas com fatores de risco. Como é feito o diagnósticoA investigação costuma se iniciar com uma tomografia computadorizada (TC) do tórax. A confirmação depende de biópsia da lesão pulmonar (por broncoscopia, EBUS, ou biópsia percutânea guiada por TC). Conforme o caso, é necessário realizar PET-CT e ressonância de crânio para estadiamento oncológico. Sempre que indicado, solicitamo a realização de testes moleculares (ex.: EGFR, ALK, ROS1, PD-L1) para personalizar o tratamento. Estadiamento (classificação da doença)Após confirmar o diagnóstico, classificamos pelo sistema TNM, que avalia tamanho do tumor (T), linfonodos (N) e metástases (M). O estadiamento orienta a estratégia terapêutica e o prognóstico.   Avaliação pré-operatória para cirurgiaQuando existe indicação de tratamento cirúrgico, a preparação começa com uma avaliação objetiva da reserva pulmonar e do risco cardíaco, além de estratégias para otimizar seu estado clínico antes do procedimento. Esse passo reduz complicações, ajuda a escolher a melhor técnica (e a extensão da ressecção) e orienta o plano de recuperação.  Exames principais (o que avaliamos e o que cada um responde) Provas de Função Pulmonar (PFP/espirometria)Medem o VEF₁ (quanto de ar você exala no primeiro segundo) e outras variáveis. A partir da espirometria calculamos o valor pós-operatório previsto (%PPO) considerando a parte do pulmão que será retirada. Em linhas gerais, quando %PPO de VEF₁ e de DLCO ficam acima de ~60%, o risco de ressecção anatômica é baixo.    DLCO (difusão do monóxido de carbono): Avalia a troca gasosa nos alvéolos. Assim como o VEF₁, usamos o %PPO-DLCO para estimar segurança e extensão da cirurgia.  Pletismografia: Mede volumes pulmonares (como hiperinsuflação e aprisionamento aéreo) e ajuda a interpretar a espirometria e a planejar analgesia/ventilação no pós-operatório.  Ergoespirometria (teste cardiopulmonar de exercício): Quantifica seu VO₂ pico (o “consumo máximo de oxigênio”) e estratifica risco cirúrgico de forma muito precisa. Em termos práticos, VO₂ pico > 20 mL/kg/min sugere baixo risco, 10–20 mL/kg/min risco intermediário e < 10 mL/kg/min alto risco — mas a decisão é sempre integrada ao contexto clínico e ao tipo de ressecção.  ECG (eletrocardiograma), Ecocardiograma e avaliação cardíaca: O ECG basal é recomendado conforme idade, fatores de risco e porte da cirurgia.Ecocardiograma é indicado diante de sinais/sintomas cardiovasculares.  Ergoespirometria com foco cardiovascular (quando aplicável): Em pacientes com reserva pulmonar limítrofe ou comorbidades cardiometabólicas, aergoespirometria também auxilia a estratificação cardíaca funcional e a definição de conduta intra e pós-operatória.  Exames laboratoriais de sangue: Hemograma, função renal (ureia/creatinina), eletrólitos, glicemia/HbA1c, perfil de coagulação e, quando indicado, avaliação nutricional/albumina e outros marcadores.   Otimizando antes da cirurgia – o que podemos fazer para você chegar melhor ao centro cirúrgico Cessar tabagismo: Parar de fumar pelo menos 2–4 semanas antes da cirurgia está associado à redução de complicações pulmonares e integra protocolos de ERAS/ESTS.  Reabilitação/pre-habilitação respiratória: Programas focados em treino muscular respiratório e condicionamento podem diminuir complicações e abreviar a internação em pacientes selecionados (especialmente DPOC).  Ajuste de comorbidades e medicações: Controle de asma/DPOC, otimização glicêmica, revisão de anticoagulantes/antiagregantes e avaliação anestésica fazem parte do preparo individualizado.  Em resumo: avaliamos capacidade pulmonar, condicionamento global e risco cardíaco com ferramentas complementares. Com esses dados, personalizo a indicação (segmentectomia, lobectomia, VATS, etc.), planejo analgesia e reabilitação e reduzo riscos para uma recuperação mais segura. Tratamento O plano é individualizado e multidisciplinar (cirurgia torácica, oncologia clínica, radioterapia, pneumologia e radiologia). As linhas principais incluem: Cirurgia (quando a doença é localizada), com remoção do segmento/lobo comprometido e dissecção linfonodal — priorizando técnicas minimamente invasivas (ex.: videotoracoscopia/VATS e cirurgia robótica/RATS). Radioterapia, isolada ou combinada, para controle local. Tratamentos sistêmicos: quimioterapia, terapias-alvo (conforme alterações moleculares) e imunoterapia (quando apropriado). Mensagem importante: a chance de cura é maior nos estádios iniciais, motivo pelo qual o diagnóstico e o encaminhamento precoces fazem diferença.   Rastreamento e detecção precoce Para pessoas de alto risco (ex.: fumantes/ex-fumantes em determinada faixa etária), o rastreamento com TC de baixa dose pode aumentar a detecção em fases iniciais e reduzir mortalidade; a decisão é compartilhada e individualizada. Na consulta, avalio se você se beneficia do rastreamento e qual protocolo seguir.   Pós-procedimento e seguimento Após cirurgia ou tratamento sistêmico/radioterápico, organizamos um plano de seguimento com consultas, controle de sintomas, reabilitação respiratória quando necessário, e TCs periódicas para vigilância.   Minha abordagem Sou Cirurgiã Torácica com prática focada em doenças da parede torácica e do pulmão. Meu cuidado é técnico e humano: explico cada passo, coordeno a investigação e discuto o caso em equipe para chegarmos ao melhor plano terapêutico possível. Sempre que indicado, priorizo abordagens minimamente invasivas e um pós-operatório com analgesia otimizada e retorno progressivo às atividades.   Perguntas frequentes (FAQ) 1) Câncer de pulmão tem cura?Sim — principalmente quando diagnosticado em

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Pectus Excavatum

Pectus Excavatum, também conhecido como tórax em funil, é uma condição em que o esterno (osso da parte da frente do peito) se encontra afundado no tórax. Essa deformidade pode ser notada logo após o nascimento em alguns casos ou se desenvolver durante a infância e adolescência. É comum que ocorra um agravamento do caso durante o estirão do crescimento. A incidência de Pectus Excavatum é de aproximadamente 1 em cada 300-400 nascimentos. A condição é mais comum em homens, afetando-os cerca de 3 a 5 vezes mais do que as mulheres. Curiosamente, a causa exata do Pectus Excavatum ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos possam desempenhar um papel significativo. Algumas pessoas com Pectus Excavatum também apresentam outras condições, como escoliose, doenças do tecido conjuntivo, Síndrome de Marfan, entre outros. Importância do Diagnóstico O diagnóstico precoce de Pectus Excavatum é crucial para monitorar a progressão da condição e planejar o tratamento adequado. Muitas vezes, a deformidade não causa sintomas severos inicialmente, mas pode levar a problemas respiratórios, dor no peito e impacto na autoestima à medida que a pessoa cresce. Os principais sintomas associados ao Pectus Excavatum são: cansaço, fadiga, baixa tolerância a exercícios físicos, palpitações, infecções respiratórias de repetição, dor no peito e transtornos emocionais (ansiedade, isolamento social, medo excessivo e até depressão) Avaliação e Tratamento com Especialista A correção de Pectus Excavatum é realizada por um cirurgião torácico, especialista no tratamento das deformidades da parede torácica. O tratamento pode variar de exercícios físicos e fisioterapia até procedimentos cirúrgicos. A definição do tratamento adequado depende da gravidade da condição e dos sintomas apresentados pelo paciente. Para avaliação da gravidade do Pectus é necessária a realização de exames, pois com eles é possível determinar o impacto da condição na saúde do paciente, os principais exames são: tomografia computadorizada de tórax com reconstrução tridimencional (3D); eletrocardiograma (ECG); ecodopplercardiograma transtorácico; provas de função pulmonar; ressonância magnética do coração morfológico e funcional; ergoespirometria; entre outros Procedimentos Cirúrgicos Os procedimentos cirúrgicos mais comuns para corrigir o Pectus Excavatum são a técnica de Nuss e a técnica de Ravitch. A técnica de Nuss é minimamente invasiva e envolve a inserção de barra de metal para corrigir a deformidade. A técnica de Ravitch é mais invasiva e envolve a remoção das cartilagens deformadas e o reposicionamento do esterno. Técnica de Ravitch Técnica de Nuss Benefícios do Tratamento O tratamento adequado do Pectus Excavatum pode melhorar significativamente a função respiratória, aliviar a dor no peito e melhorar a aparência física, resultando em um aumento da autoestima e qualidade de vida do paciente. A consulta com um especialista em cirurgia torácica é fundamental para avaliar cada caso individualmente e determinar o melhor plano de tratamento. Se você ou alguém que você conhece apresenta sinais de Pectus Excavatum, marque uma consulta para uma avaliação completa e orientações sobre o tratamento adequado. A consulta com o especialista, a Cirurgiã Torácica, é essencial para garantir o melhor cuidado possível.

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Hiperidrose

Hiperidrose O que é, como diagnosticar e como tratar. Hiperidrose é uma condição caracterizada pela transpiração excessiva e anormal que não está necessariamente relacionada ao calor ou ao exercício. A transpiração é um processo natural do corpo para regular a temperatura e ocorre através das glândulas sudoríparas.  Na hiperidrose, as glândulas sudoríparas, especialmente as écrinas, são hiperativas, produzindo suor em excesso mesmo sem estímulos adequados como calor ou atividade física. Isso ocorre devido a uma hiperatividade do sistema nervoso simpático, que controla a transpiração. Existem dois tipos principais de glândulas sudoríparas: as glândulas écrinas e as glândulas apócrinas. Glândulas Écrinas: Estão distribuídas por todo o corpo e são responsáveis pela produção do suor claro e inodoro. São ativadas principalmente pelo sistema nervoso simpático em resposta ao aumento da temperatura corporal. Glândulas Apócrinas: Localizadas principalmente nas axilas e áreas genitais, produzem um suor mais espesso que pode ser decomposto por bactérias, resultando em odor corporal. Tipos de Hiperidrose Hiperidrose Primária A hiperidrose primária pode ser dividida em dois subtipos principais: Hiperidrose Primária Localizada: Geralmente afeta áreas específicas do corpo, como axilas, palmas das mãos, plantas dos pés e rosto. Essa forma de hiperidrose geralmente começa na infância ou adolescência e pode ter uma predisposição genética. A causa exata ainda não é completamente compreendida, mas sabe-se que não está associada a outras condições médicas e sim a um aumento da atividade do sistema nervoso simpático. Hiperidrose Primária Generalizada: Embora menos comum, a hiperidrose primária pode afetar áreas maiores do corpo. Nesse caso, a transpiração excessiva ocorre em várias partes do corpo sem uma causa subjacente identificável, também devido ao aumento da atividade do sistema nervoso simpático do paciente. Hiperidrose Secundária Generalizada A hiperidrose secundária generalizada afeta todo o corpo e geralmente é causada por uma condição médica subjacente ou pelo uso de certos medicamentos. Esse tipo de hiperidrose pode começar na idade adulta e pode ser um sinal de condições como: Distúrbios da Tireoide: Hipertireoidismo pode aumentar a produção de suor. Diabetes: Pode afetar a regulação da transpiração. Menopausa: As mudanças hormonais podem causar suores noturnos. Infecções: Como tuberculose ou infecções crônicas. Distúrbios Neurológicos: Condições que afetam o sistema nervoso podem causar transpiração excessiva. Medicamentos: Alguns medicamentos podem causar hiperidrose como efeito colateral. Exemplos incluem antidepressivos (como fluoxetina e venlafaxina), medicamentos para hipertensão (como propranolol e anlodipina), e alguns medicamentos para tratamento de câncer Importância do Diagnóstico O diagnóstico correto da hiperidrose é crucial para determinar a causa subjacente e o tratamento adequado. O processo diagnóstico pode incluir: História Clínica: Avaliação detalhada dos sintomas, início e padrão da transpiração. Exame Físico: Inspeção das áreas afetadas para sinais de suor excessivo. Testes Laboratoriais: Para descartar condições médicas subjacentes, como distúrbios da tireóide ou diabetes. Teste do Amido-Iodo: Utilizado para identificar áreas de transpiração intensa.   Para ilustrar essa seção, fotos de pacientes com hiperidrose podem ser usadas, sempre respeitando a privacidade e obtendo autorização prévia. Sites como Unsplash, Pexels e Pixabay oferecem várias opções de imagens gratuitas e sem direitos autorais. Tratamentos para Hiperidrose Existem várias opções de tratamento para hiperidrose, que podem ser divididas em tratamentos tópicos, medicamentos orais, tratamentos minimamente invasivos e intervenções cirúrgicas. A escolha do tratamento depende da gravidade da condição e da área afetada. Tratamentos Tópicos Antitranspirantes: Os antitranspirantes contendo cloreto de alumínio são frequentemente recomendados como primeira linha de tratamento. Eles funcionam bloqueando temporariamente os ductos sudoríparos. Medicamentos Orais Anticolinérgicos: Medicamentos como a oxibutinina podem ser prescritos para reduzir a transpiração. Eles funcionam bloqueando os sinais nervosos que acionam as glândulas sudoríparas. Tratamentos Minimamente Invasivos Injeções de Toxina Botulínica: As injeções podem ser usadas para tratar hiperidrose em áreas específicas, como axilas, mãos e pés. A toxina botulínica bloqueia os nervos que ativam as glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor. O efeito dura em média de 4 a 6 meses. Intervenções Cirúrgicas Simpatectomia Torácica Endoscópica (STE): Em casos graves de hiperidrose que não respondem a outros tratamentos, a cirurgia pode ser considerada. A simpatectomia torácica endoscópica envolve a interrupção dos nervos simpáticos que controlam as glândulas sudoríparas. Este procedimento é altamente eficaz, mas como qualquer cirurgia, possui riscos. Cirurgia de Remoção de Glândulas Sudoríparas: Para a hiperidrose axilar, a remoção das glândulas sudoríparas pode ser uma opção. Isso pode ser feito através de curetagem, lipoaspiração ou excisão. Benefícios do Tratamento O tratamento adequado da hiperidrose visa melhorar significativamente a qualidade de vida, aumentando o conforto e a confiança dos pacientes. A redução da transpiração excessiva auxilia na prevenção de infecções de pele, melhora a interação social e o desempenho no trabalho e nas atividades diárias.

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Cartilagem Costal na Rinoplastia

O que é, como diagnosticar e como tratar. A rinoplastia é um procedimento cirúrgico realizado para corrigir problemas estéticos e funcionais do nariz. Quando há necessidade de reestruturação nasal, muitas vezes utiliza-se enxertos de cartilagem para obter os melhores resultados. Dentre os tipos de enxerto, a cartilagem costal é uma opção viável e altamente eficiente. Indicações do Uso de Cartilagem Costal A cartilagem costal é frequentemente utilizada em casos de: Rinoplastia não primária (revisional, secundária, terciária…): Quando uma cirurgia anterior não obteve o resultado desejado. Nariz negroide ou asiático: Que habitualmente necessitam de uma quantidade maior de cartilagem para que seja realizada a cirurgia e obtido o resultado desejado. Pacientes que já realizaram septoplastia: E não têm cartilagem septal suficiente. Reparações após traumas ou infecções: Onde a estrutura nasal foi comprometida, não havendo material local suficiente para a estruturação nasal. Correções estéticas significativas: Para melhorar a forma, tamanho e projeção do nariz. Tipos de Enxertos Utilizados Enxertos Sintéticos São feitos de materiais diversos e raramente usados devido ao maior risco de rejeição e infecção. É evitado ao máximo esse tipo de material. Enxertos Naturais Cartilagem Septal: Usada principalmente em rinoplastias primárias em paciente que tem um septo de tamanho normal ou aumentado. Cartilagem Auricular: Retirada da orelha, tem limitações devido ao formato curvo e consistência elástica, sendo utilizada principalmente nas aletas nasais e raramente para estruturação de dorso ou ponta nasal. Cartilagem Costal: Retirada da costela do próprio paciente, é abundante e ideal para grandes reconstruções. Exame – Tomografia de Tórax Antes da retirada da cartilagem costal, a tomografia de tórax é fundamental para avaliar a anatomia do tórax, das costelas e cartilagens. Este exame de imagem fornece detalhes precisos sobre a estrutura e a qualidade da cartilagem, ajudando o cirurgião a planejar o procedimento de forma segura e eficaz. Além disso, a tomografia ajuda a identificar qualquer anormalidade que possa interferir na cirurgia, garantindo um resultado mais previsível e seguro. Procedimento de Retirada de Cartilagem Costal A cartilagem costal é retirada através de uma pequena incisão (entre 1 e 2 cm) na dobra inframamária, onde cerca de 4 a 5 centímetros de cartilagem são extraídos. Este procedimento é realizado durante a cirurgia de rinoplastia e, apesar de aumentar a duração da cirurgia, é seguro e eficaz, principalmente quando realizado por profissional altamente treinado, que são os médicos Cirurgiões Torácicos. O pós-operatório pode incluir desconforto na região torácica, onde foi retirada a cartilagem costal, essa dor e controlada através do bloqueio anestésico realizado na cirurgia e com analgésicos prescritos para tomar após a alta hospitalar, o desconforto cessa em alguns dias. Vantagens da Cartilagem Costal Abundância de Material: Permite a confecção de grandes enxertos. Baixo Risco de Rejeição: Por ser autógena, retirada do próprio paciente. Resultados Naturais: Proporciona um aspecto natural e equilibrado ao nariz. Riscos A retirada de cartilagem costal, como qualquer procedimento cirúrgico, pode apresentar riscos e complicações, incluindo dor torácica, infecção, formação de seroma (acúmulo de líquido), hematoma, deiscência de ferida, cicatriz visível entre outros. É fundamental que esses procedimentos sejam realizados por profissionais capacitados e experientes para minimizar riscos e garantir resultados satisfatórios. Buscar um cirurgião torácico qualificado é essencial para assegurar a segurança e o sucesso da cirurgia. Pós-operatório e Recuperação Após a cirurgia, o paciente pode apresentar desconforto na região do tórax, mas que geralmente melhora em poucos dias. O cuidado pós-operatório inclui uso de analgésicos e acompanhamento médico regular para garantir a recuperação adequada e a eficácia do enxerto. Lembre-se A escolha do tipo de enxerto é fundamental para o sucesso da rinoplastia. A cartilagem costal oferece uma alternativa eficaz e viável, especialmente em casos complexos que requerem grande quantidade de material. Uma rinoplastia bem-sucedida melhora tanto a funcionalidade quanto a estética nasal, proporcionando um resultado duradouro e satisfatório. É sempre importante buscar profissionais qualificados e com competência técnica para cuidar da sua saúde. Se você tem interesse em uma avaliação para a retirada de cartilagem costal para a sua rinoplastia, agende uma consulta para discutir suas opções e encontrar a melhor solução para a realização do seu sonho!

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Pectus Carinatum

Pectus Carinatum, também conhecido como tórax em quilha ou peito de pombo, é uma deformidade da parede torácica em que o esterno (osso da parte da frente do peito) se projeta para fora, resultando em uma aparência de peito “pontudo”. Essa condição pode ser observada na infância e tende a se tornar mais evidente durante a adolescência. Assim com o Pectus Excavatum é comum que ocorra um agravamento do caso durante o estirão do crescimento A incidência de Pectus Carinatum é menos comum que a de Pectus Excavatum, afetando aproximadamente 1 em cada 1.500 nascimentos. A condição é mais frequente em homens, sendo cerca de 4 vezes mais comum do que em mulheres. Embora a causa exata do Pectus Carinatum não seja totalmente compreendida, acredita-se que fatores genéticos e problemas no desenvolvimento da cartilagem das costelas desempenhem um papel importante. Importância do Diagnóstico O diagnóstico precoce de Pectus Carinatum é fundamental para monitorar a condição, planejar o tratamento mais adequado e principalmente iniciar o tratamento no melhor momento, pois o Pectus Carinatum é possível de ser resolvido com órtese de compressão dinâmica. Embora muitas pessoas com Pectus Carinatum não apresentem sintomas graves, a deformidade pode causar na maior parte dos pacientes algum desconforto físico, dificuldades respiratórias e principalmente impacto psicológico devido à aparência do tórax. Existem 2 tipos de Pectus Carinatum: Condrogladiolar: é a forma mais comum, onde a parte inferior do osso esterno é projetada para a frente; Condromanubrial: é mais rara e mais complexa, caracteriza-se pela projeção da parte superior do esterno, geralmente abrangendo o manúbrio e a parte superior do corpo do esterno. Tratamento com Especialista O tratamento do Pectus Carinatum é conduzido a priori por um cirurgião torácico, e melhor ainda se for especialista em deformidades da parede torácica. As opções de tratamento incluem o uso de órteses (compressores) torácicos, fisioterapia e, em casos mais graves ou em que a parede do tórax já é muito rígida, cirurgia. O uso de órteses é mais eficaz durante a adolescência, quando o tórax ainda está em desenvolvimento. Procedimentos Cirúrgicos Em casos onde o uso de órteses não é eficaz, pode ser necessária a intervenção cirúrgica. A técnica cirúrgica mais comum para correção de Pectus Carinatum é a cirurgia de Ravitch modificada, que envolve a remoção da cartilagem deformada e o reposicionamento do osso esterno. Benefícios do Tratamento O tratamento adequado do Pectus Carinatum busca melhorar a função respiratória, aliviar o desconforto físico e melhorar significativamente a aparência estética, resultando em um aumento da autoestima e qualidade de vida do paciente. A consulta com um especialista em cirurgia torácica é essencial para avaliar cada caso individualmente e determinar o melhor plano de tratamento. Se você ou alguém que você conhece apresenta sinais de Pectus Excavatum, marque uma consulta para uma avaliação completa e orientações sobre o tratamento adequado. A consulta com o especialista, a Cirurgiã Torácica, é essencial para garantir o melhor cuidado possível. Mesmo sendo uma condição não vista regularmente, na maioria dos centros de saúde, devido a incidência dos casos como foi descrito no início, a Dra Alana fez uma especialização em Parede Torácica, adquirindo a expertise necessária para o tratamento dos casos, desde os que serão tratados com a utilização de órteses até os casos que necessitam de tratamento cirúrgico.

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